
Energia Renovável
O ser humano ficou dependente da energia em seu cotidiano, desde preparação de uma simples refeição até se transportar de automóveis para outros lugares. A matriz energética é composta por fontes não renováveis e renováveis. Também conhecida como fontes de energia convencionais, as fontes de energia não renovável são produzidas de: petróleo, carvão mineral, gás natural e nuclear. Este tipo de energia é a mais consumida no mundo, porque é proveniente de fontes não renováveis devido o rendimento elevado, preços atrativos, geram empregos e possuem infraestrutura construída.
Entretanto, as fontes de energia não renováveis, principalmente, o petróleo e o carvão mineral, impactam de forma negativa a saúde e o meio ambiente devido a emissão de gases na atmosfera. Como alternativa a estas práticas, foram desenvolvidas técnicas para utilização de fontes renováveis, como a solar, eólica, geotérmica e biomassa.
Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a matriz energética brasileira é muito diferente da mundial. Apesar do consumo de energia não renovável ser maior que o consumo de energia renovável, o Brasil é o país que utiliza mais fontes renováveis de que o restante do mundo.
Nos últimos anos, o Brasil está buscando ampliar as formas alternativas de geração de energia elétrica, além da hidráulica. Apesar do país ter uma dependência muito grande da fonte hidrelétrico, a matriz energética brasileira é uma das mais renováveis entre os países com as grandes economias mundiais, cerca de 48% da matriz é renovável.
De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia eólica representa 10,9% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 13,6% ao fim de 2025. Já a energia solar representa 2% da matriz elétrica do país, podendo atingir 2,9% até o final deste ano 2021, de acordo com a ONS. Nos últimos três anos, o crescimento da energia solar centralizada (gerada por grandes usinas) foi de 200%, enquanto que a solar distribuída (pequenas centrais de geração) passou de 2.000%. Segundo o Ministério de Minas e Energia, só em 2020, a capacidade instalada em energia solar fotovoltaica cresceu 66% no país.
E você sabe quais são os principais tipos de energia renovável?

04 TIPOS DE ENERGIA RENOVÁVEL
Biomassa

A biomassa é a matéria orgânica de origem vegetal ou animal usada com a finalidade de produzir energia, por exemplo, carvão, lenha, bagaço de cana-de-açúcar, e entre outros. É utilizada tradicionalmente em países poucos desenvolvidos devido à baixa eficiência e escassez de dados referentes a essa fonte de energia.
Se for cultivada de maneira sustentável, a biomassa pode ser uma das grandes fontes de energia renovável. O recurso com maior potencial para ser usado como biomassa é o bagaço da cana-de-açúcar, devido setor sucroalcooleiro gera uma grande quantidade de resíduos que podem ser aproveitados. Além disso, o buriti, o babaçu e a andiroba são também variedades vegetais com grande potencial para a produção de energia elétrica, surgindo como alternativa para o abastecimento em comunidades isoladas, principalmente na região amazônica.
No entanto, se manejada de forma incorreta, a queima da biomassa pode ser uma das maiores fontes mundiais de gases tóxicos e gases do efeito estufa.
Energia Geotérmica
A energia geotérmica consiste na utilização da energia térmica do interior da Terra. Essa fonte de energia ecológica pode ser usada diretamente (sem a produção de energia em usinas, utilizando apenas o calor gerado pelo solo) ou indiretamente (quando o calor é encaminhado para uma indústria que o transforma em energia elétrica).
Este tipo de energia pode ser usado para o aquecimento de água durante o inverno. Também pode ser usada para a produção de calor e para a utilização em aquecedores ou aparelhos térmicos de estufas, campos de pesca ou áreas de lazer. No Brasil, a energia geotérmica é utilizada apenas em áreas de lazer, apenas duas cidades utilizam suas fontes térmicas para o turismo, Poços de Caldas (MG) e Caldas Novas (GO).
Entre as vantagens, está há não necessidade de importação e compra de matéria-prima, diminuindo os gastos de produção, os gastos são menores com centrais geotérmicas do que com usinas petrolíferas ou nucleares. Não emite gases poluentes. Isso significa que ela não contribui para a intensificação do efeito estufa, diferente dos combustíveis de origem fóssil.
E como desvantagem, o eventual afundamento do terreno, apesar de não desgastar o solo, as centrais geotérmicas podem desgastar as áreas internas da crosta, podendo provocar abalos na superfície. A poluição sonora e elevado aquecimento local. Geralmente, as usinas geotérmicas fazem muito barulho, fato que, somado ao elevado aquecimento local, inviabiliza a instalação próxima de casas e comunidades.


Energia Solar
A energia solar é a energia eletromagnética cuja fonte é o sol, em que não produz resíduos, trazendo benefícios ambientais no que diz respeito à redução das emissões de gases do efeito estufa. A energia solar pode ser transformada em energia térmica ou elétrica e aplicada em diversos usos. As duas principais formas de aproveitamento da energia solar são a geração de energia elétrica e o aquecimento solar de água.
Para a produção de energia elétrica são usados dois sistemas: o heliotérmico, em que a irradiação é convertida primeiramente em energia térmica e posteriormente em elétrica, e o fotovoltaico, em que a irradiação solar é convertida diretamente em energia elétrica.
A energia solar apresenta diversas vantagens, o processo de geração de eletricidade a partir de painéis solares não emite gases poluentes, com efeitos nocivos à saúde humana, contribuem para o aquecimento global. Além disso, o Brasil recebe grandes quantidades de radiação solar, já que está localizado próximo à linha do Equador. Entretanto, a instalação de painéis solares requer grandes espaços, logo, é importante que se faça a análise do local mais apropriado para a implantação. A energia solar fotovoltaica é uma alternativa econômica, prática e segura para obtenção de energia limpa.


Energia Eólica
Por meio da energia cinética do vento e do aquecimento eletromagnético do sol é produzida a energia eólica. A energia cinética do vento normalmente é convertida em energia mecânica por moinhos e cata-ventos, ou em energia elétrica por turbinas eólicas (ou aero geradores).
O Brasil ingressou no ranking dos dez países mais atraentes do mundo para investimentos por seu grande potencial eólico. Mais de 71 mil km² do território nacional apresentam velocidade de vento superior a 7 m/s ao nível de 50 m de altura. Este potencial proporcionaria ao país o equivalente a 272 terawatt-hora por ano (TWh/ano), o que representa aproximadamente 64% do consumo nacional de energia elétrica, que gira em torno de 424 TW/ano.
Entre as principais vantagens da energia eólica, está a não emissão gases do efeito estufa, que contribuem para as mudanças climáticas, também não produz resíduos ao gerar eletricidade. Os custos de implantação são relativamente baixos, a necessidade de manutenção é baixa e são criadas novas oportunidades de emprego em áreas que normalmente recebem pouco investimento.
Entretanto, a energia eólica depende da ocorrência de vento em densidade e velocidade ideais, que sofrem variações anuais e sazonais, não é qualquer lugar que consegue ser implantado. Além disso, os parques eólicos são espaços formados com no mínimo cinco turbinas eólicas. Essa concentração de aero geradores podem impactar negativamente o ecossistema e a população local, devido ao alto ruído que as turbinas emitem.

